A
busca incessante pelos melhores desempenhos financeiros faz parte do dia a dia da Cageprev. Os retornos esperados se constituem em metas perseguidas pelos gestores da Entidade.
Por meio da análise sistemática das melhores práticas de mercado, considerando risco e retorno, do apoio de uma consultoria especializada e pela assessoria do Comitê de Investimentos, a Diretoria Executiva aplica, no mercado financeiro, os recursos advindos das contribuições mensais dos participantes e da patrocinadora, perseguindo uma rentabilidade que alcance a meta atuarial estabelecida.
Para melhor compreensão desses investimentos é importante entender as expressões de mercado e cada tipo de investimento realizado pela Cageprev.
Tanto para os investimentos como para financiamentos os índices econômicos servem como parâmetros de avaliação. As definições desses Índices estão apresentadas na figura 1, como principais expressões financeiras de mercado.
É a taxa básica da economia brasileira, utilizada para controlar o índice de inflação no país. Muitas outras taxas derivam da SELIC, por exemplo, as utilizadas para fins de empréstimos; investimentos e financiamentos.
É o Comitê de Política Monetária do Banco Central do Brasil (COPOM) responsável pela definição do valor desta taxa.
É a média da taxa de juros praticada pelos empréstimos interbancários. Em geral, realizados, diariamente, entre os bancos brasileiros.
O CDI é um índice de referência para investimentos do tipo renda fixa, segmento no qual a Cageprev concentra grande parte de seus investimentos.
O IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado) é um indicador mensal, publicado pela Fundação Getúlio vargas (FGV) do nível de atividade econômica do país, englobando seus principais setores.
É o resultado da média ponderada dos índices que medem a inflação dos preços ao produtor (IPA), ao consumidor (IPC) e da construção civil (INCC).
O Índice Nacional de Preços do Consumidor Amplo funciona como a expressão oficial da inflação, medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Ele mede a variação de preços de determinados produtos que compõem a cesta de consumo dos brasileiros. Os principais itens da lista são: arroz, passagem de ônibus, material escolar, medicamentos, entre outros.
O Índice Nacional de Preços ão Consumidor, junto com O IPCA é um dos índices de inflação brasileiros. Seu objetivo é estabelecer correção do poder de compra da população, considerando as variações da cesta de consumo das famílias de baixa renda.
Enquanto o IPCA considera famílias com mais rendimento em seu cálculo, o INPC abrange aquelas que têm renda entre 1 e 5 salários mínimos e residem em áreas urbanas previamente estabelecidas. O responsável pelo índice é o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O Índice Nacional da Construção Civil, elaborado pela FGV, contempla cerca de 701 itens do setor, dos quais 640 são relativos a materiais e serviços correlatos e 61 à mão deobra.
Atualmente, o INCC é calculado para sete capitais brasileiras: três no Sudeste (Rio de Janeiro, São Paulo e Belo Horizonte), duas no Nordeste (Recife e Salvador), uma no Centro-Oeste (Brasília) e uma no Sul (Porto Alegre). Em julho de 2023, foi realizada uma atualização, possibilitando que o índice passasse a ser Geografia e Estatística (IBGE). calculado para distintos padrões construtivos(econômico, médio e alto) nas sete cidades componentes do INCC (Fonte: FGV, 2023)
Confor..me o nosso RAI (Relatório Anual de Informações), disponível no site, a Cageprev encerrou o ano de 2022 com cerca de R$ 300 milhões em investimentos, alcançando um patamar de 8,10% de crescimento e com uma rentabilidade de 6,37%.
E que significa
rentabilidade*?
Quando se fala em investimentos o primeiro conceito que deve ser bem compreendido é rentabilidade. Esta palavra, muito utilizada pelo mercado financeiro, é considerada um dos principais indicadores financeiros.
Rentabilidade pode ser definida como o percentual obtido a partir de um valor investido. Por exemplo, se uma pessoa investe R$ 5.000,00 em um CDB com rentabilidade de 10% ao ano, ela terá um retorno de R$ 500,00 sobre o valor investido, ou seja, 10% sobre esse valor. Conhecer esse indicador é fundamental para tomar decisões na hora de investir seu dinheiro.
Desse modo, a rentabilidade mostra ao investidor o efeito de seus investimentos, se positivo ou negativo, e qual o percentual alcançado. Para calculá-lo, deve-se considerar a inflação do período, o imposto de renda sobre os rendimentos e demais taxas necessárias para fazer ou manter a aplicação. Dependendo do tipo de investimento e da instituição financeira que faz a gestão, existem diferentes custos que impactam na rentabilidade. Logo, é necessário conhecer cada um deles para saber se vale a pena investir no título desejado. Assim, o cálculo da rentabilidade pode ser feito da seguinte forma:
Rentabilidade real = [(rendimento nominal – inflação – impostos – taxas) x 100] / valor do investimento
Onde:
Rendimento nominal é o ganho não considerando a inflação do período, o imposto de renda e as taxas cobradas.
É importante salientar que, além da rentabilidade, há mais dois fatores que devem ser considerados para tomar decisões sobre investimentos, a segurança e a liquidez. Assim, se a pessoa tiver o perfil conservador abrirá mão de chances maiores de ganhos em função de ter mais segurança quanto ao seu dinheiro aplicado. Entretanto, mesmo aqueles que estão dispostos a correr mais riscos para aumentar as chances de ganho, em algum momento abrirá mão da rentabilidade para formar reservas que darão suporte a imprevistos ou contingência financeiras.
*Texto extraído do site: https://www.infomoney.com.br/guias/rentabilidade/
E quanto à Cageprev,
como ela realiza
os investimentos?
A Cageprev leva em consideração as três bases do tripé dos investimentos: rentabilidade, segurança e liquidez, diversificando a carteira, mas alocando o maior percentual em renda fixa (77,32%), tendo obtido, com esta aplicação, 11,71% de rentabilidade. Já na renda variável o volume investido foi na ordem de 9,29%, tendo tido uma rentabilidade de -5,30%, conforme descrito no Relatório Anual de Informações 2022 (RAI 2022), disponível no site.
Em outra vertente, a Cageprev obteve 15,82% de rentabilidade em empréstimos aos participantes, com um volume de 5,98% dos recursos investidos.
Qual é a diferença entre Renda Fixa e Renda Variável?
A
renda fixa é caracterizada pela previsibilidade dos retornos. Neste tipo de investimento, desde o início da aplicação já se sabe o quanto ela renderá (no caso de renda prefixada), ou sua estimativa de retorno (nos casos de renda fixa pós-fixada e a híbrida). Alguns exemplos de renda fixa são:
- Tesouro Direto: é o empréstimo ao governo federal;
- CDB (Certificado de Depósito Bancário): quem compra esse título está emprestando dinheiro para os bancos financiarem suas operações de créditos.
- LCI (Letra de Crédito Imobiliário): o investimento é destinado às atividades imobiliárias.
- LCA (Letra de Crédito do Agronegócio): direcionado para o financiamento de atividades no setor de agronegócio.
Na renda variável, as empresas captam recursos financeiros dos poupadores para investirem em seus negócios. Nesse tipo de investimento, o investidor compra parte do negócio, podendo tornar-se sócio (ou cotista, no caso de fundos). O retorno vem por meio de valorização ou distribuição de lucros.
Alguns exemplos de títulos de renda variável, são:
- Fundos de investimentos em ações;
- Fundos multimercado;
- Fundos de investimento imobiliário;
- Ações;
- Derivativos.
Outros tópicos importantes no “mundo das finanças”:
Conhecer as medidas críticas utilizadas no “mundo das finanças” ajuda a tomar melhores decisões sobre: onde, como e o momento certo para realizar seus investimentos, de forma mais assertiva e consciente.
Na figura abaixo são apresentados alguns tópicos em finanças e suas dimensões.
I – Liquidez: refere-se à velocidade e facilidade com a qual um ativo pode ser facilmente convertido em dinheiro. Por exemplo, um automóvel, principalmente o popular, pode ser considerado como um ativo líquido. Um ativo de alta liquidez, portanto, é aquele pode ser vendido rapidamente sem perda significativa de valor. Conclui-se, nessa ordem, que as duas dimensões (facilidade de conversão e perda de valor) devem existir para que se possa considerar determinado ativo como líquido. A liquidez tem valor. Quanto mais líquido o negócio, menor é a possibilidade de sofrer insolvência (dificuldade de pagar dívidas).
II – Fluxo de caixa: é a diferença entre o valor que entrou no caixa e o valor que saiu em determinado período. Por exemplo, se você é proprietário de um negócio ficará bastante interessado em saber o quanto de caixa foi gerado durante o ano.
Outro exemplo aplicado ao cotidiano é o seguinte: Imagine que você deposite hoje R$ 4.000,00 e ao final de cada ano, durante três anos consecutivos, em uma aplicação que rende 8% ao ano. Quanto você terá em três anos? E ao final de quatro anos?
Veja;
- Ao final do primeiro ano, você terá: 4.000 x 1,08 = $4.320,00;
- Ao final do segundo ano, você terá: (4.000 + 4.320) x 1,08 = $8.665,60;
- Ao final do terceiro ano, você terá: (4.000 + 8.665,60) x 1,08 = $13.358,85;
- Ao final do quarto ano, você terá: (4.000 + 13.358,85) x 1,08 = $18.427,56.
A figura 3 mostra o fluxo de caixa do exemplo acima.
No exemplo acima, tivemos somente entrada de dinheiro, mas em outros casos podemos ter saídas e entradas de numerário. Vejamos, se você comprar um imóvel por R$ 100 mil, alugá-lo por R$ 1 mil mensais (sem reajuste) e depois quiser vende-lo por R$ 120 mil, ao final de 1 (um) ano, o fluxo de caixa é representado, como ilustrado na figura 4.
Antes de investir, é preciso saber se os resultados dos investimentos atenderão aos objetivos propostos. Para saber se um investimento será lucrativo ou não, deve-se adotar alguns critérios, como por exemplo, o valor presente dos retornos esperados, medido pelo que se denomina VPL – Valor Presente Líquido e também pela TIR – Taxa Interna de Retorno. Esses tópicos serão abordados em conteúdos futuros. Já a decisão de investimento pode depender do binômio risco-retorno.
Há que se destacar também a diferença básica entre caixa e lucro, conforme demonstrado abaixo.
Perceba que o caixa de uma empresa é o resultado de entradas e saídas de dinheiro, enquanto sua lucratividade é constituída, grosso modo, pelo faturamento de um lado e despesas do outro, tendo como resultado lucro ou prejuízo.
Após percorrer todos os conceitos anteriores é hora de conhecer o Fluxo de Caixa do primeiro semestre da Cageprev.
III – Margem de Lucro (ML): indica a percentagem de lucro contida em cada unidade monetária de mercadoria vendida ou de serviço prestado, ou, de forma mais simplificada, a margem de lucro representa o percentual positivo que cada mercadoria ou produto traz para a empresa. Em outras palavras, quanto maior a margem de lucro mais baixo é o índice de despesas realizadas nas vendas.
Esse indicador (ML) é calculado da seguinte forma:
Se uma determinada empresa obtém R$ 30.200,00 de Lucro Operacional e R$ 300.000,00 de Receita Líquida, chegaremos ao seguinte resultado:
O resultado indica que a cada R$ 1,00 de vendas (ou de Receita Líquida) a empresa obteve dez centavos de lucro. Em outras palavras, o Lucro Operacional representa 10,07% do total do faturamento.
Quer saber mais?
Aprenda mais sobre o mundo das finanças realizando a leitura dos artigos e vídeos sugeridos no menu Educação Financeira ou lendo algumas obras interessantes que serviram de referência para este conteúdo e estão sugeridas abaixo.
DICAS DE LEITURA
REFERÊNCIAS
DE ABREU FILHO, José Carlos; DE SOUZA, Cristóvão Pereira; GONÇALVES, Danilo Amerio; CURY, Marcus Vinícius Quintella. Finanças Corporativas, 10 ed., Rio de Janeiro: FGV, 2008.
INFOMONEY. O que é rentabilidade e como calcular nos investimentos: o conceito de rentabilidade é fundamental, mas ele não pode ser o único fator de decisão do investidor na hora de escolher um ativo. Disponível em: https://www.infomoney.com.br/guias/rentabilidade/. Acesso em: 4/9/2023.
REIS, Arnaldo Carlos de Rezende. Demonstrações Contábeis: estrutura e análise, 3ed., São Paulo: Saraiva (2009).
ROSS, Stephen A.; WESTERFIELD, Randolph W.; JORDAN, Bradford D. Princípios de Administração Financeira, 2 ed., 10 reimpr. São Paulo: Atlas, 2011.